sábado, 21 de fevereiro de 2009

Devagar...

Não tenhamos pressa!
Amarrar-te, sem necessidade calo-te
Isso me interessa!
Amolo minha agomia
O esmeril grita!
Com ela vou provocar tua agonia...

Preparo minha mesa
Alicates, martelos e furadeiras
Isso vai me excitar com certeza!
Com a ponta de minha arma percorro teu corpo
Meus olhos brilham com a cena!
Meus dentes podres ficam a mostra
Meu desejo é te possuir sem pena!

Dispo-te
Dispo-me
Seus olhos se arregalam de horror
Começo com minha língua a te percorrer
Seu terror dar lugar a uma falsa calma
Começo a me excitar...
Meu membro roça em tuas pernas
Rígido ele está
Eu vou te deflorar!

Sussurro em teu ouvido
Falo que não há perigo
Vejo te lubrificar
Eu vou te dopar

Dou-te a substância
Oh! Doce ópio
Vai me deixar num horroroso solilóquio
Acordada
Dopada
Não sentirás nada!

Minha agomia!
Abro-te desde o calcanhar até a virilha...
Encerra-se o primeiro ato!
Com furadeiras em punho
Trabalharei teus joelhos...
Alicates dão conta de tuas articulações
Te desamarro!!!
Me impressiona teu silêncio
Nenhuma palavra, alguns sussurros

Com fervor observo teu ventre
Nele espero que eu adentre
Procuro em minha mente
Como o fazer.
Meu prazer é latente
É lindo o que se passa em minha mente
Fecho os olhos abro um sorriso
E deflagro um enorme corte
Lágrimas em tua face
Suas vísceras se espalham
As furadeiras a estraçalham

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